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A influência dos petiscos à saúde “Pet”

  • Joyce Barcellos
  • 26 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

A crescente proximidade entre os animais e o homem acabou por incluí-los no círculo familiar (Midiere, 2006). Como consequência a esse processo de humanização, ocorreu uma grande mudança na forma que os animais são tratados e alimentados (Schuch, 2009).

Com o intuito de dar-lhes uma recompensa, durante os exercícios de adestramento ou apenas para trazê-los mais próximos dos hábitos familiares, os petiscos são ofertados nas mais variadas formas (Oliveira, 2006; Schuch, 2009). Os petiscos abrangem alimentos complementares, atrativos e de fácil aceitação, oferecidos em pequenas porções. No entanto, deve-se tomar cuidado na escolha e na frequência com que são fornecidos.

Fatores prejudiciais podem ser observados a partir de sua inclusão na alimentação animal. Esses variam entre problemas imediatos, nos casos de intoxicação alimentar (Waller; Cleff; Mello, 2013), e a longo prazo como fator predisponente ao excesso de peso (obesidade).



Alguns petiscos podem apresentar potencial tóxico aos animais, sendo em sua maioria provenientes da alimentação humana. Casos de intoxicação alimentar, de leve à grave, são frequentes e relacionam-se a alimentos compostos por açúcares, como o chocolate, mas também pelo alho, cebola e uvas, principalmente (Kovalkovičová et al., 2009).

Como mencionado a obesidade pode ser uma das consequências do excesso de petiscos, sendo uma doença multifatorial que vem se disseminando entre os animais de companhia. Além dos petiscos, a composição da dieta apresenta estreita relação com o problema, ligada principalmente ao excesso de energia, e outros fatores como a falta de exercícios e problemas genéticos devem ser considerados (Kushner et al., 2006; German, 2006). Em consequência ao excesso de peso, surgem problemas relacionados ao sistema locomotor, prejuízos ao sistema imune, ao aumento de doenças endócrinas, cardiorrespiratórias, dermatológicas e sobre a incidência de dislipidemias (Gayet et al., 2004; Laflamme, 2006).

Devido à proporção de problemas que o fornecimento descontrolado de petiscos pode ocasionar a saúde do animal, devemos estar atentos a frequência no qual disponibilizamos essas guloseimas, e quais são as suas características nutricionais. Vale ressaltar a importância do Médico Veterinário para promover o equilíbrio da inserção dos hábitos da família na vida de seus animais de estimação.



Referências bibliográficas:

GAYET, C. et al. Insulin resistance and changes in plasma concentration of TNF, IGF1, and NEFA in dogs during weight gain and obesity. Journal Animal Physiology and Animal Nutrition, v. 88, p. 157-165, 2004.


GERMAN, A.J. The growing problem of obesity in dogs and cats. Journal of Nutrition, v.136, p.1940S-1946S, 2006.


KOVALKOVIČOVÁ, N. et al. Some food toxic for pets. Interdisciplinary Toxicology,

v.2, n.3, p.169-176, 2009.


KUSHNER, R.F. et al. The PPET Study: People and pets exercising togheter. Obesity, 14(10): 1762-1770.

LAFLAMME, D.P. Understanding and managing obesity in dogs and cats. Veterinary Clinics of the North America, v.36, p.1283-1295, 2006.


MITIDIERI, L.O. Um osso para Rex: as relações entre consumidor e animais de estimação e as suas influências no ato de presentear. 2006. 69f. Dissertação (Mestrado em Gestão Empresarial) – Centro de Formação Acadêmica e Pesquisa, Escola Brasileira de Administração Pública e Finanças, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2006.


OLIVEIRA, S.B.C. Sobre homens e cães: estudo antropológico sobre afetividade, consumo e distinção. 2006. 141 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antropologia, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro.


SCHUCH, P.Z. Comportamento do consumidor de petiscos para cães em Porto Alegre. 2009. 67 f. Monografia (Graduação em Engenharia de Alimentos) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Curso de Engenharia de Alimentos.


WALLER, S.B.; CLEFF,M.B.; MELLO, J.R.B. Intoxicações em cães e gatos por alimentos

humanos: o que não fornecer aos animais? Veterinária em Foco, v.11, n.1, jul./dez. 2013.


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